Confrades do Vinho
Pessoal, ficaremos um breve período sem postar devido as férias dia 09-02-2009 voltaremos a postar, como a última postagem antes das férias colocamos para vocês está matéria da confraria.
Obrigado a todos espereo que gostem da matéria e boas férias para nós!
O grupo de sete membros fixos e outros ocasionais nasceu em abril de 2002 e, desde então, já se reuniu 113 vezes, contando a degustação dos Pauillac, realizada no Varanda Grill, somando nada menos do que 667 rótulos. E quem são os membros dessa privilegiada confraria? O fundador, Bruno Farina, é um executivo do mercado financeiro e de câmbio que dita o perfil dos demais confrades - jovens na casa dos 30/50 anos, muito bem sucedidos em suas atividades, que hoje se podem dar ao luxo de beber o que quiserem, regularmente, sempre na boa companhia de seus pares e com o prazer adicional de uma degustação às cegas. E mais: a Confraria do Farina tem cacife para ter como seu consultor técnico permanente um dos maiores connâisseurs do país - José Osvaldo do Amarante, diretor-técnico da Mistral, que, antes de cada reunião, analisa os vinhos que serão degustados para avaliar coerência e levantar a ficha de cada um. Além do confrade encarregado de fazer a compra dos produtos que serão degustados - os sete se revesam nessa tarefa - só Amarante sabe o que será bebido e pela ordem. Mas como são definidos os temas de cada rodada? Como explica o fundador, os critérios são coerência temática - vinhos de uma mesma região ou de uma mesma uva, por exemplo - e relação custo-benefício. O custo, na verdade, não está limitado por cima - já que o poder aquisitivo dos membros está à altura de algumas extravagâncias. Mas eles só pagariam alto por vinhos que realmente façam a diferença - como o Château Latife-Rotschild 2003 degustado no Varanda, comprado em Los Angeles por US$ 1.199, mais taxas. No Brasil, esse vinho custa pelo menos três vezes mais. No Brasil, esse vinho custa pelo menos três vezes mais. E eis aí outra vantagem dos confrades do Farina. Como viajam muito, vivem farejando oportunidades no exterior. Desta vez, o comprador da noite foi o próprio Bruno Farina, que trouxe os seis vinhos em sua bagagem de mão, carinhosamente. O custo da compra sai de um fundo, uma espécie de consórcio, para o qual os confrades contribuem todos os meses - sendo chamados a cobrir eventuais déficits, se a degustação ultrapassar o saldo. Mas, como já se mencionou, isso não é problema para eles. O importante é beber do bom e do melhor, com alegria, descontração e amizade.
Um colar de Jóias
A primeira das seis garrafas degustadas na noite é sempre uma espécie de aperitivo, um preparativo para o tema principal - nesse caso, um branco, o Château Carbonnieux Blanc 2004, produzido em Pessac-Léognan, uma das 10 propriedades classificadas como Grand Crus Clásses brancos de Graves, em Bordeaux. Mistura de Sauvignon Blanc, Sémillon e Muscadelle, obteve 90 pontos - cotação regular - do célebre Robert Parker. O branquinho francês passeia por narizes e bocas da confraria sem maior entusiasmo, mas o melhor ainda está por vir. Como lembra Amarante , a margem esquerda do Gironde é notória pela Cabernet Sauvignon - e essa é a uva predominante (75%) do segundo vinho, o Château Lynch-Bages 2003, maturado 15 meses em barricas de carvalho francês. "Fantástico, comecou no nível", comemora um dos confrades. "Apesar de ser um 2003, está macio e elegante." Amarante aproveita para lembrar aos confrades que a margem direita do rio é pródiga em Merlot e Cabernet Blanc, além da Saint-Émilion. Antes da primeira reunião degustativa da confraria, ele ministrou aos membros sete aulas teóricas, mas não perde a chance de refrescar os conhecimentos que transmitiu aos confrades, didaticamente. E as jóias de Bordeuax vão se sucedendo, como o Château Pontet-Canet 2003, 95 pontos de Parker, "notável complexidade de aroma", no dizer de um dos provadores. E no de outro: "Seda pura". Mas o vinho número 3 é um daqueles ícones de Bordeaux que, mesmo às cegas, já se apresentam com toda a sua notoriedade ao primeiro aroma e ao primeiro gole.
A Paixão pelo vinho, entre tantos efeitos colaterais positivos, forma grandes círculos da amizade. Confrarias de enófilos se multiplicam em São Paulo. A do Farina é uma das mais antigas fiéis e mais abonadas - os vinhos de suas degustações às cegas são sempre pequenas jóias da enologia mundial. Go Where participou de uma delas - que contou com superbordeaux da região da Pauillac, na margem esquerda do Rio Gironde, como os célebres Château Lafite Rothschild e Château Mouton-Rothschild.
Os confrades do Farina sabem viver...
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