Pular para o conteúdo principal

Portugal



A história do vinho em Portugal começou no século VII a.C., com a chegada dos gregos, que plantaram as primeiras vinhas na península Ibérica. Mas o que interessa mesmo é o século XV, durante o reinado de Dom Afonso Henriques, quando o país iniciou a política de exportação, na esteira dos descobrimentos. Outro nome importante da história do vinho português foi o marquês de Pombal, que em 1756 criou a primeira região de vinhos demarcada do mundo, o Douro, onde se faz o famoso vinho do Porto. Portugal é um país muito generoso em castas viníferas locais, entre elas Touriga Nacional, tinta considerada a rainha das uvas portuguesas, Touriga Francesa, Arinto, Sercial, Castelão, Periquita, Trincadeira etc. A diversidade é enorme, tanto de uvas brancas quanto de tintas, o que faz de Portugal um produtor original e muito qualificado.



Procure nos rótulos as classificações:
Vinho de Mesa: um "guarda-chuva" enorme, que abriga todos os vinhos mais simples que não foram encaixados em classificações no nobres.
Vinho de Mesa Comum: os mais qualificados trazem as indicações Reserva e Garrafeira no rótulo.


Pode ser:


Vinho verde: branco ou tinto, produzido apenas as indicações Reserva e Garrafeira no rótulo.


Pode ser:


Vinho verde: branco ou tinto, produzido apenas em região demarcada. É ácido e seco.


Vinho maduro: branco, tinto ou rosé, seco ou suave ( adoçado), produzido por processos convencionais de fermentação do mosto.
Vinho especial: são cinco categorias:
Vinho licoroso: com teor alcoólico elevado, de 18% a 22%.
Vinho generoso: vinho licoroso produzido nas regiões do Douro, Moscatel de Setúbal, Madeira e Carcavelos.
Vinho doce de mesa: vinho doce comum com, no máximo, 14% de teor alcoólico.
Vinho espumante natural: vinho com gás carbônico obtido da segunda fermentação em garrafa ou em tanques de aço. Vinho espumante gaseificado: vinho com gás carbônico obtido artificialmente, com a ajuda de equipamentos especiais.
Vinho Regional: equivale ao Vin de Pays francês ou ao IGT italiano. Classificação criada em 1992, que abrange oito regiões de origem: Algarve, Alentejo, Beiras, Estremadura, Ribatejo, Rios do Minho, Terras do Sado e Trás-os-Montes.
Indicação de Procedência Regulamentada (IPR): criada em 1986, essa classificação é também chamada de vinho de qualidade produzido em região demarcada (VQPRD). Trata-se de uma vasta categoria, com trinta regiões produtoras. Algumas delas: Alcobaça, Almeirim, Biscoitos, Chamusca, Chaves, Encostas d'Aire, Évora, Óbidos, Santarém, Torres Vedras.
Denominação de Origem Controla (DOC): essa categoria abriga os melhores vinhos portugueses, provenientes de várias regiões demarcadas.
São onze as regiões demarcadas:


Alentejo

No mapa: centro-sul de Portugal, na divisa com a Espanha.
Castas mais comuns: tintas - Alicante, trincadeira, Castelão Francês, Moreto, Aragonesa, Alfrocheiro; brancas - Arinto, Boais, Manteúdo, Roupeiro<>São de lá: Herdade do Esporão, Quinta do Carmo, Quinta da Terrugem, Paço dos Infantes, Cartuxa, Monte do Pintor.
Não morra sem experimentar: Pera Manca, Vila Santa.
Bairrada
No mapa: Centro-Norte de Portugal.
Castas mais comuns: tintas - Baga (ou Poerinha),Castelão (ou Moreto), Tinta Pinheira; brancas - Bical, Rabo-de-Ovelha, Maria Gomes, Sercial, Sercialinho, Arinto, Chardonnay.
A região produz vinhos para envelhecimento, com estrutura para evolução por um período de dez a quinze anos. São bebidas potentes, encorpadas e tânicas quando jovens. Aregião produz também excelentes espumantes.
São de lá: Bairrada Messias, Luís Pato, Caves São João, Casal Mendes, Bairrada Caves Aliança.
Bucelas
No mapa: vale do rio Trancão, 25 quilômetros ao norte de Lisboa.
Castas mais comuns: brancas - Arinto, esgana-cão, Fernão Pires, galego Dourado, Moscatel de Setúbal.
Região especializada em vinhos brancos, frequentemente comparados aos Médoc brancos e aos Chablis.


São de lá: Prova Régia, Quinta da Romeira, Bucelas Caves Velhas, Calhandriz.


Dão


No Mapa: Centro-Norte de Portugal, entre as serras Estrela, Caramulo, Buçaco e Lousã e os rios Dão e Mondego.


Castas mais comuns: tintas - Touriga Nacional, Tinta Pinheira, Tinta Carvalha, Bago de Louro, Alvarelhão, Bastardo, Alfrocheiro Preto; brancas - Arinto, Barcelo, Fernão Pires, Sercial, Dona Branca.


É a maior região vinícola de Portugal, com predominância de vinhos tintos (70%), muitos deles encorpados e macios, alguns com grande estrutura para envelhecimento.


São de lá: Conde de Santar, Real Vinícola, Dão Terras Altas, Dão Cardeal, Dão Catedral, Dão Aliança, Dão Grão Vasco, Duque de Viseu.


Douro/Porto


No mapa: Nordeste de Portugal.


Castas mais comuns: tintas - Bastardo, Tinta Francisca, Tinto Cão, Donzelino, Mourisco, touriga Nacional, Touriga Francesa; brancas - Donzelinho, Esgana-Cão, Folgazão, Gouveio (ou Verdelho), Rabigato, Malvasia Fina, Viosinho.


Região do famoso vinho do Porto, um vinho generoso apreciado no mundo inteiro. Com graduação alcoólica entre 19% e 22%, os vinhos do Porto são na maioria tintos e doces, embora existam alguns brancos e secos. O Douro vem se destacando também pela produção de bons vinhos não-fortificados, o que tem dado certa atualidade à região. Mas os rótulos tradicionais ainda dão muito prestígio ao Douro, afinal o melhor vinho português, o Barca Velha, da Casa-Ferreirinha, é feito na região.


São de lá os vinhos do Porto: Dom José, Sanderman, Churchill'a, Graham's, Fonseca, Messias, Noval, Taylor's Ferreira, Poças Junior e Croft.


São de lá os vinhos de mesa: Ferreirinha, Redoma, Porca de Murça, Quinta da Pacheca.


Não Morra sem experimentar: Barca Velha, Quinta do Côtto, Warre's, Adriano Ramos Ramos Pinto.


Madeira


No mapa: oceano Atlântico. A região demarcada inclui as ilhas da Madeira e de Porto Santo.


Castas mais comuns: tintas - Negra Mole, Terrantez; brancas - Malvasia, Sercial, Bol (ou Bual), Verdelho.


Produz vinhos brancos, doces ou secos, generosos fortificados. A graduação alcoólica, em geral, vai de 18% a 21%. Um dos grandes atrativos desses vinhos é sua capacidade de envelhecimento - até cinquenta anos.


São de lá: Blandy, Cossart Gordon, Leacock e Miles, todos produzidos pela madeira Wine Company.


Moscatel de Setúbal


No mapa: sul de lisboa, ao redor dos concelhos de Setúbal e Palmela.


Castas mais comuns: tintas - Periquita (ou Castelão Francês), Espadeiro, bastardo, Moreto, Monvedro; brancas - Arinto, Fernão Pires, Tamares, Bual, Manteúdo; moscatéis - Moscatel de Setúbal, Moscatel Roxo, Moscatel do Douro, Moscatel Branco.


O vinho mais famoso dessa região é o Moscatel de Setúbal, que inclusive dá nome a ela. Generoso fortificado, esse vinho tem estrutura para envelhecer entre vinte e quarenta anos.


A região produz ainda outros vinhos famosos, como o Periquita e o Quinta da Bacalhôa.


São de lá: Periquita, Catarina, Cova da Ursa, Meia Pipa, Camarate, Bse.


Não morra sem experimentar: Quinta da Bacalhôa.


Vinhos Verdes


No mapa: Norte de Portugal, tendo o rio Minho ao norte e o oceano Atlântico a oeste. Também banham a região os rios Lima, Cávado, Ave e Douro.


Castas mais comuns: Tintas - Azal Tinto, vinhão, borraçal, Espadeiro Tinto, Pedral, Rabo-de-Ovelha tinto, Brancelho; brancas - Azal Branco, Avesso, Batoca, Pedernã, Alvarinho, Trajadura, Loureiro.


Brancos ou tintos, os vinhos da região dos vinhos verdes devem ser consumidos jovens. De baixa graduação alcoólica, provocam uma agradável sensação de picadas na língua, devido à alta acidez e à presença de gás carbônico.


São de lá: Aliança, Acácio, Calamares, Casal Garcia, Gatão.


Não morra sem experimentar: Alvarinho Palácio da Brejoeira.


Outras Regiões


Algarve, Carcavelos, Colares.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vinícola ou vitivinícola?

Na verdade os 2 termos tem significado diferente; Vinícola é o lugar onde se produz o vinho, que para ser uma vitivinícola tem que ter toda a sua produção de uvas própria, ou seja não comprar a matéria prima de terceiros. Isso traz um valor agregado muito grande ao vinho, já que sua produção fica limitada, diminuindo sua oferta, o cultivo das videiras aos olhos do dono tendem a dar um aspecto artesanal ao vinho, já que todo o processo é feito no mesmo local e as garrafas dificilmente serão encontradas espalhadas por ai em qualquer vendinha devido a produção ser em baixa escala.

Água em vinho.

Melhor ou pior são opiniões, ocasiões e méritos não discutíveis em um único post. Então serei como em raras vezes politicamente correto, ambos tem sua vital importância e ponto. Ao assunto que venho a postar, uma historia tão antiga, termo de comparações de melhoras que usamos eventualmente para destacar surpreendentes mudanças que presenciamos durante a vida. Sejam elas de pessoas, casas, objetos e afins. "Você mudou da água para o vinho". Conhecemos a expressão como vinda da bíblia graças a nossa educação Judaico cristã. Embora tenha que admitir que várias expressões, lições de moral e fatos ocorridos quase como certos foram tirados da época vivida a sua escrita. Assim como também outra mitologia greco romana usava de suas historias heroicas com Deuses, para sempre mostrar uma visão moral sem aprofundar no tema religião, nos transpormos, por favor, a épocas passadas. Por que seria o vinho uma transformação positiva da água? Logo na transformação já vemos algum sentido no ve

Matéria Sobre a Adega Particular de Otávio Mesquita

Olá, estou passando para vocês uma matéria sobre a adega particular do apresentador Otávio Mesquita, gostando ou não de sua pessoa que gosta de vinho com certeza vai ficar admirado com a coleção do apresentador, além de sua adega ser bem moderna contém grandes rótulos segue a matéria retirada da revista Vinhos Magazine de 2007. A novíssima casa do apresentador Otávio Mesquita - que ele divide agora com a esposa Melissa Wilmann - foi concebida e decorada a partir das coisas de que ele mais gosta: automobilismo, sinuca e vinho. Na parede da grande sala de pé direito duplo, ele tem nada menos que um carro de Fórmula 1. De verdade! Foi utilizado pelo italiano Giancarlo Fisichella algumas temporadas atrás. No outro ambiente da mesma sala, que tem home theater e área para descanso, há uma imensa mesa de sinuca, com um jogo de tacos impecável. E é lá que fica também a porta para outro dos principais prazeres de Mesquita: a adega. "Cheguei a ter 80 garrafas de vinhos top, entre Petrus,