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Supertoscanos


Conforme dito anteriormente, após a primeira regulamentação, muitos produtores se rebelaram com as regras estabelecidas na Toscana e passaram a adotar uvas e cortes seguindo suas próprias regras, sintonizados nas tendências globais de enologia. Com critérios rígidos de plantio, escolha de clones, condução de parreiras e vinificação, além do uso de varietais como Cabernet Sauvignon e Merlot, tais produtores obtiveram vinhos espetaculares que acabavam sendo enquadrados na denominação Vino da Tavola, a mais simples de todas. Com isso, vinhos sem "pedigree" passaram a frequentar as listas de premiados por júris e críticos de vinho, ganhando a denominação informal de Supertoscanos. As uvas brancas, adotadas no Chianti tradicional, foram abolidas e substituídas por tintas selecionadas. Muito destes vinhos foram concebidos como monovarietais, isto é, usando apenas um tipo de uva.


Conheça os vinhos da toscana vendidos no Brasil (clique aqui).

Clones de Sangiovese




Vinicultores da Toscana desenvolveram ao longo dos séculos alguns clones com base na tradicional Sangiovese, que geram vinhos de qualidade mundialmente reconhecida. São eles:




Brunello di Montalcino




Em 1888, um tradicional vinicultor da cidade de Montalcino, próxima a Siena, chamado Ferrucio Biondi-Santi, produziu um vinho feito com um clone selecionado da uva Sangiovese. Batizada como Brunello, esta uva produz um vinho potente e denso, especialmente pela conjugação com o ambiente natural e as escolhas enológicas.




OUTROS VINHOS DA TOSCANA




Bolgheri


Região próxima à costa onde surgiram os primeiros Supertoscanos, como o Sassicaia.


Vinhos DOC precisam ser necessariamente cortes; as uvas permitidas são Cabernet Sauvignon, Sangiovese e Merlot. Bons brancos começam a aparecer com a Vermentino.




Carmignano


Comuna situada à direita do rio Arno, próxima a Firenze. Tintos mais tânicos e menos ácidos que os Chianti. Foi o primeiro DOC a permitir a inclusão de Cabernet Sauvignon.




San Gimignano


Nas proximidades de Siena, é famosa por seu conjunto de torres medievais. O DOCG Vernaccia de San Gimignano é um branco de destaque feito com a uva homônima, e é afamado desde o século 13, mas as cepas internacionais têm ganhado terreno.




Val Di Chiana e Cortona


Faz limite com Montepulciano, na província de Arezzo, e se notabiliza pelos brancos.




Val D'Orcia


Entre Montepulciano e Montalcino, é uma das mais recentes DOC. Vinhos tintos, brancos e Vin Santo.




Colli Di Luni


Na fronteira com a Ligúria, conhecida pelas comunas de Aulla, Fosdinovo e Podenzana, produz brancos de destaque com Vermentino e outras cepas locais.




Alpi Apuane


Localizado nas margens da cadeia montanhosa homônima.




Candia


Vizinha da zona onde se extrai o famoso mármore branco.




Colline Luchesi


Nas colinas em torno da cidade de Lucca, produz principalmente tintos.




MonteCarlo


Vizinha à região de Colline Luchesi, produz bons brancos com Pinot Bianco e com cepas francesas,


como Roussane e Sauvignon Blanc.




Pomino


Zona relacionada ao Chianti Rufina, dominada pela Frescobaldi, usa uvas francesas para produção de brancos notáveis e tintos.




Val Di Cornia


A nova e promissora fronteira da produção Toscana, próxima à ilha de Elba. A tinta francesa Merlot se deu muito bem em seu solo argiloso.
Ilha de Elba
Antes coberta por vinhedos, viu com a migração e a vocação turística diminuir o interesse pela vinicultura. Vinhos brancos produzidos com Ansonica e Trebbiano, além de Vin Santo.
Província di Grosseto
Província no limite sudoeste da Toscana, no pé do monte Amiata (1.738m) na qual se destacam os DOCs Morellino di Scansano (com a uva homônima, clone de Sangiovese) e Bianco di Pitigliano.










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