Não existiam aviões, nem rotas, nem tão pouco, certezas.
Atravessar o oceano cinco séculos atrás podia ser uma viagem sem volta.
E muitas vezes eram.
Doenças, fome, sede, tempestade, envenenamento, motins ou até mesmo um “escorregão idiota”.
A água não durava toda a viagem, depois de alguns meses se contaminava, e a viagem era regada a vinhos, eles não estragavam.
O álcool vilão do século XXI era o herói de outra época, sem o vinho a tripulação iria morrer de sede, ou beber a água contaminada e contrair alguma moléstia, que poderia os levar a morte em tal situação.
Pseudo-intelectuais religiosos falam da bebida atualmente sem conhecer a história, sem saber apreciar a vida, sem mesmo saber que eles talvez existam por causa desse invento que parece tão obsoleto como um mero prazer, ou fuga da nossa sociedade já tão desgastada.
O vinho existe, feito pelo homem da matéria-prima que a terra nos fornece e assim como todas as demais coisas feitas pelo homem tem que se saber usar, seja para beber, brindar, apreciar, arrotar, curtir, discutir ou discordar.
Se o fato dos portugueses chegarem ao Brasil foi bom ou ruim eu não discuto aqui, porém o que quero deixar claro foi o uso do vinho, como um importante fator para o sucesso da viagem.
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