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Itália

Tomar vinho e comer, para o italiano, é praticamente a mesma coisa. Em todo o país, topograficamente formado de colinas e montanhas, cultivam-se uvas viníferas e produzem-se vinhos, alguns muito elegantes, outros para o dia-a-dia. A rica gastronomia italiana é favorecida imensamente pela constante companhia da bebida, que atende a todas as especialidades regionais. Do Norte ao Sul do país vigora a "santíssima trindade mediterrânea", que nada mais é do que o tripé contituído de vinho, pão e azeite. Esse traço cultural tão enraizado encontra, na legislação vinícola, suporte para que a Itália se mantenha entre os gigantes da produção mundial de vinho. Procure nos rótulos as classificações: Vino da Tavola (Vinho de Mesa): vinhos baratos e simples, para o consumo diário. De fácil compatibilização com a comida, os rótulos dessa categoria são os mais populares, porém abrigam alguns excelentes vinhos. Indicazione Geografica Tipica - IGT(Indicação Geográfica Típica): essa classificaç

Mapa Mundial

A produção mundial de vinhos está dividida em Velho Mundo e Novo Mundo. No primeiro grupo estão os países europeus de longo prestígio na elaboração de vinhos nobres, como França, Itália, Portugal, Espanha, Hungria e Alemanha. No segundo time poderíamos dizer que estão os demais países, destacando-se os emergentes - Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul - e a América do Sul, com Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. Prepare-se para viajar. Velho Mundo, velhos sábios Não é exagero dizer que o prestígio do vinho e também seu status como bebida nobre devem-se aos produtores do Velho Mundo. O título acima também não carrega nenhum exagero. Velhos sábios, sim, pois foram eles os primeiros a entender o valor do terroir e a importância de se estabelecer regras para a produção de vinhos. O terroir, especialmente na França, é a carteira de identidade do vinho. O apreciador que saiba fazer distinções vai confirmar na degustação o que está no rótulo. Isso porque a bebida deve refle

Não deixe que seu amor pelo vinho faça de você um enochato

Se você já leu este blog algumas vezes, imagino que não seja mais leigo no assunto. Pelo menos, esse é o objetivo principal destas páginas. Sendo assim, está na hora de dizer uma coisa importante: você corre o risco de se tornar um enochato. Calma! Todos os enófilos passam por isso. A cultura do vinho é fascinante, e ao primeiro contato com ela queremos logo compartilhar com a família, os amigos ou os conhecidos tudo que aprendemos. Esse é o problema. Nem sempre as pessoas estão ligadas em sua frequência. Portanto, é preciso tomar uma vacina preventiva. Vamos lá: Diante dos amigos, evite ficar descrevendo o vinho como se estivesse numa degstação técnica: "Reflexos violáceos, aromas complexos, taninos educados, retrogosto persistente..." Seu interlocutor vai sonhar com uma cerveja gelada diante de tão rico comentário. Não critique o vinho oferecido por um amigo , mesmo que você o deteste. Guarde com você comentários como "falta corpo", "pobre em aroma", alc

Uvas: Miúdas fantásticas

Estas são as uvas viníferas mais conhecidas: Tintas Barbera: originária da Itália, muito cultivada na região do Piemonte. Aromas: frutas passificadas, cereja. Cabernet Franc: originária de Bordeaux, França, onde é usada no corte de vinhos tradicionais. É utilizada também na elaboração do vinho rosé Anjou, do vale do Loire. É ainda o principal componente dos famosos Château Cheval Blanc e Château L'Angélus, ambos da região de Sainte-Emilion. Aromas: herbáceos e vegetais, pimenta-verde, casca de batata. Cabernet Sauvignon: originária de Bordeaux, é considerada a rainha das tintas. Produz excelentes vinhos, geralmente encorpados, dotados de muita cor e bons taninos. Aromas: groselha preta, ameixa-preta e cassis, no vinho jovem; couro, caça, chocolate e azeitona, no vinho envelhecido; caixa de charuto, cedro e tabaco, em vinhos que passaram por carvalho. Carmenère: originária de Bodeaux, mas pouco cultivada na Europa hoje em dia. A Carmenère vem se destacando no Chile, devido à boa
Uvas passificadas ou dessecadas: usam-se uvas desidratadas, em que a concentração de açúcar é intensa. A desidratação pode ocorrer no pé (colheita tardia, ou late harvest) ou por secagem sob o sol. Exemplos: Vin Santo, Recioto Amarone de Valpolicella, Passito, Vin de Paille. Uvas botritizadas: são uvas contaminadas pelo Botrytiscinerea, fungo que ataca a fruta, provocando seu ressecamento, mas concentrando o açúcar. Isso é chamado de podridão nobre. O resultado são vinhos de alta qualidade e aromas especiais.

Como se faz o vinho

Branco, tinto, rosé, fortificado, espumante... Cada vinho exige método próprio de vinificação, ou seja, procedimentos técnicos que buscam extrair qualidade máxima da uva. Não cabe aqui detalhar esses processos, mas é possível selecionar informações básicas que permitam entender um pouco mais das características do vinho. A partir de agora, você vai se deparar com nomes e marcas de que certamente já ouviu falar ou encontrou em lojas e supermercados. Leveduras em ação Para obter um vinho de qualidade, é imprescindível conduzir bem a fermentação. Controle de temperatura e adição de leveduras cultivadas são dois procedimentos importantes que favorecem a fermentação. Sobre esse assunto é importante destacar: Fermentação alcoólica ou tumultuosa: é a fermentação inicial, que transforma o açúcar da uva em álcool, através da ação de leveduras. Para vinhos tintos, é feita com a presença das cascas e das sementes; para brancos, elas são descartadas. Fermentação Malolética: fermentação secundári

Como comprar vinhos

Em supermercados Algumas redes oferecem boas seções de vinhos, e algumas até contam com consultores especializados no assunto. Independentemente da marca ou do preço, alguns cuidados costumam ser desprezados pelos consumidores, mas são essenciais para uma boa compra. Observe se o local destinado aos vinhos está adequado: Protegido do sol, do calor, da umidade e de oscilações bruscas. Esses quatro fatores são inimigos do vinho. Observe se as garrafas estão armazenadas na horizontal. Lembre-se de que as rolhas devem estar sempre em contato com o vinho para não ressecarem, o que permitiria a entrada de oxigênio. Nunca pegue as garrafas que estão em pé. Elas foram posicionadas na vertical para exibir o rótulo e evitar que o consumidor toque nas demais na hora de escolher. Numa prateleira bem organizada, as garrafas armazenadas abaixo daquelas que estão em pé são do mesmo vinho. Escolhido o vinho, pegue uma garrafa que está na horizontal, de preferência uma que esteja mais difícil de alcanç