Pular para o conteúdo principal

Uvas: Miúdas fantásticas


Estas são as uvas viníferas mais conhecidas:



Tintas


Barbera: originária da Itália, muito cultivada na região do Piemonte. Aromas: frutas passificadas, cereja.


Cabernet Franc: originária de Bordeaux, França, onde é usada no corte de vinhos tradicionais. É utilizada também na elaboração do vinho rosé Anjou, do vale do Loire. É ainda o principal componente dos famosos Château Cheval Blanc e Château L'Angélus, ambos da região de Sainte-Emilion. Aromas: herbáceos e vegetais, pimenta-verde, casca de batata.


Cabernet Sauvignon: originária de Bordeaux, é considerada a rainha das tintas. Produz excelentes vinhos, geralmente encorpados, dotados de muita cor e bons taninos. Aromas: groselha preta, ameixa-preta e cassis, no vinho jovem; couro, caça, chocolate e azeitona, no vinho envelhecido; caixa de charuto, cedro e tabaco, em vinhos que passaram por carvalho.


Carmenère: originária de Bodeaux, mas pouco cultivada na Europa hoje em dia. A Carmenère vem se destacando no Chile, devido à boa adaptação e aos vinhos agradáveis que produz. Aromas: frutas vermelhas, compotas, flores.


Gamay: casta famosa da região de Beaujolais, França. Produz vinhos jovens, frescos, que devem ser consumidos em pouco tempo. É a uva do Beaujolais Nouveau. Aromas: banana, doce de banana, caramelo e frutas frescas, como morango.


Merlot: originária de Bordeaux. Produz vinhos macios, aveludados, muito agradáveis. Costuma ser usada em cortes com Cabernet Sauvignon para conferir delicadeza ao vinho e aparar "arestas". Aromas: frutas pretas, ameixa, chocolate.


Nebbiolo: também chamada de Spanna, Inferno e Grumello, é originária da Itália. Usada na elaboração dos famosos Barolo e Barbaresco, vinhos muito potentes e encorpados. Aromas: ameixa seca, chocolate amargo, bolo de frutas, alcatrão, rosa e violeta.


Pinot Noir: casta nobre usada nos grandes vinhos da Borgonha, França. Uva muito elegante, usada também na elaboração de champanhes. Aromas: morango, framboesa, rosa, violeta; em vinhos mais maduros observam-se também caça, animal, alcaçuz, cogumelo, terra úmida.


Sangiovese: uva clássica da região da Toscana, Itália. Produz vinhos de corpo médio a encorpado. Aparece na composição dos Chianti, dos "super-Toscanos", em cores com Cabernet Sauvignon. Aromas: cereja, ervas, especiarias e tabaco.


Syrah (ou Srah, ou ainda Shiraz): originária do vale do Rhône, França, Uva bem adaptada no Chile, Austrália e Nova Zelândia. Produz vinhos elegantes, sedutores, sensuais. Aromas: frutas escuras maduras, como amora, framboesa e groselha; são observados também aromas mais complexos, como gengibre, chocolate, alaçuz, couro, alcatrão, especiarias.


Tannat: cultivada na região dos Pireneus, França, e bem adaptada no Uruguai. Produz vinhos muito potentes, de cor intensa. Aromas: frutas pretas, geléias, especiarias.


Tempranillo: originária da região de Rioja, Espanha, é muito cultivada em Portugal, com outros nomes. Produz vinhos complexos, de cor intensa e bem estruturados. Aromas: morango, framboesa e outras frutas vermelhas, além de tabaco e especiarias.


Touriga Nacional: principal uva portuguesa. Produz vinhos encorpados e elegantes, com boa estrutura para envelhecimento. Aromas: cassis, ameixa, frutas pretas e violeta.


Zinfandel: é a uva californiana. Produz muitos vinhos diferentes, desde os fortificados ao estilo do Porto até os rosés. Os vinhos secos são potentes, encorpados e expressivos. Aromas: frutas vermelhas escuras e especiarias, como a pimenta-do-reino.


Brancas


Chardonnay: originária da região da Borgonha, é considerada a rainha das brancas. Produz vinhos com bom teor alcoólico e alta acidez. É usada ainda na elaboração de champanhes, espumantes e vinhos licorosos. Aromas: cítricos, mel, baunilha, frutas frescas, como maçã, pêra, abacaxi, pêssego, maracujá.


Chenin Blanc: muito cultivada no vale do Loire (onde recebe o nome de Pineau de Loire). Gera vinhos de muita tipicidade, frescos e fragrantes. Aromas: damasco, maçã, mel, nozes.


Gewürztraminer: casta muito cultivada na Alemanha e na França. Essa uva se adaptou bem em outros países, inclusive no Brasil. Produz vinhos muito aromáticos, marcantes e frescos. Aromas: rosa, lichia, mel, canela.


Moscatel: dá origem a vinhos espumantes, secos ou licorosos bastante apreciados. Moscato d' Asti e Moscatel de Valência são alguns vinhos feitos com esa uva. Aromas: cítricos, uva moscatel, pêra, açúcar mascavo, rosa, flores brancas.


Pinot Gris: originária da Alsácia, França. Na Itália é conhecida como Pinot Grigio. Seu vinho é possante, encorpado e intenso. Aromas: melão, pêssego, casca e polpa de frutas brancas.


Riesling: uva de origem germânica, muito prestigiada e cultivada no mundo inteiro. Resulta em excelentes vinhos, especialmente na França e na Alemanha. Aromas: cítricos, abacaxi, pêssego, maçã verde, maçã cozida, marmelo, minerais e florais.


Sauvignon Blanc: acredita-se que seja originária do sudoeste da França. É cultivada nas regiões de Bordeaux e Loire e em outros países. Seu vinho é seco, elegante e fresco. Aromas: herbáceos, grama cortada, melão, groselha, maracujá.


Viognier: originária das proximidades do rio Rhône, França. Seu vinho apresenta complexidade de aromas, sendo o mais famoso deles o Condrieu. Aromas: flores brancas, amêndoas, damasco.


Para não passar do ponto


Todo vinho tem seu auge, o momento em que está pleno, pronto para ser consumido, quando todas as qualidades que se espera dele estão presentes. Esse auge, mesmo em vinhos de um único produtor, elaborados com a mesma varietal, pode sofrer variações, de acordo com a safra e as condições de armazenagem. Mas ainda assim é possível adotar alguns prazos como tempo máximo para guardar o vinho:


1 ano: Beaujolais Nouveau, Gamay

2 anos: vinhos verdes portugueses, vinhos brancos e tintos leves

3 anos: tintos e brancos europeus, como alguns Chianti, Lambrusco, Frascati, Valpolicella; a maioria dos rosés, espumantes e tintos brasileiros

4 anos: brancos europeus, tintos brasileiros, alguns chilenos e argentinos.

7 anos: bons tintos europeus, os melhores tintos brasileiros

10 anos: grandes brancos europeus, em especial das regiões de Borgonha, Auslese, Alsácia, Rioja.

15 anos: grandes tintos europeus, das regiões de Bordeaux, Borgonha, Alsácia, Rioja.

25 anos: grandes tintos europeus, como os das regiões de Bordeaux, Borgonha, Barolo; e brancos, como os vinhos botritizados da França, Alemanha e Hungria.

50 anos: safras excepcionais de vinhos europeus, vinhos fortificados, como Porto Vintage, Madeira e Jerez


Não passe vergonha: entenda o enologuês


Você ainda vai ouvir estas palavras:


Ann Noble: professora de enologia da Universidade da Califórnia, criou a Roda dos Aromas, uma espécie de painel com a classificação de todas as famílias de aromas, adotado no mundo inteiro.


Caráter: atributo que distingue um vinho dos demais; personalidade.


Chaptalização: adição de açúcar ao mosto para garantir um vinho de maior teor alcoólico. A prática é lícita, mas cada país tem suas próprias regras de controle do procedimento. A palavra vem de Jean-Antoine Chaptal (1756-1832), francês que criou o processo.


Claret: palavra inglesa para Bordeaux tinto.


Cru: classificação de um vinhedo de grande qualidade na França.


Cru Classé: vinho originado de um Cru. Expressão muito usada na região de Bodeaux.


Cuvée: palavra francesa que designa um volume de vinho resultante de um único processo de elaboração, realizado no mesmo momento e nas mesmas condições.


Domaine: palavra francesa que significa "propriedade vinícola".


Engaço: ramificação que prende o cacho de uvas.


Foxy: palavra inglesa usada para designar o aroma de vinhos de uvas americanas ou com cheiro de raposa. Fox ou foxé, na França.


Garrafeira: vinho portugês envelhecido de grande qualidade.


Generoso: vinho licoroso português. Vinho do Porto, Madeira, Carcavelos e Moscatel de Setúbal.


Grand Cru: vinho de grande qualidade. Expressão usada nas regiões de Bordeaux e Borgonha.


Grand Cru Classé: são os melhores vinhos de Bordeaux.


Grapa: aguardente de uva.


Late Harvest: literalmente, colheita tardia. Vinhos doces brancos elaborados com uvas muito maduras.


Michel Rolland: prestigiado enólogo francês que presta consultoria a mais de cem vinícolas em doze países no mundo inteiro. No Brasil, a Miolo conta com seus conhecimentos técnicos.


Riedel: de Claus Riedel, austríaco que desenvolveu a coleção de taças para vinhos mais elogiada que existe. Desde 1756, quando começaram a ser fabricadas, as taças Riedel são consideradas obras de arte da geometria.


Robert Parker: crítico de vinhos americano que se tornou uma autoridade mundialmente respeitada. Ele publica a revista bimestral The Wine Advocate, em que pontua vinhos do mundo todo. Sua avaliação é capaz de derrubar ou elevar o preço de um vinho. Por conta desse prestígio surgiu a expressão "vinho parkerizado", usada para designar aquele vinho elaborado de acordo com o gosto pessoal de Parker, com o objetivo de obter boa pontuação em seu guia. Esse seria um vinho escuro, denso e complexo.


Vintage ou Vintage Port: vinho do Porto produzido com uvas de uma só colheita, de alta qualidade. É o melhor Porto de todos. Vintage designa também o ano da safra ou colheita.


Vitivinicultura: palavra que designa o estudo de tudo que está relacionado à elaboração do vinho, da viticultura (ciência do cultivo das vinhas) à vinificação.







Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vinícola ou vitivinícola?

Na verdade os 2 termos tem significado diferente; Vinícola é o lugar onde se produz o vinho, que para ser uma vitivinícola tem que ter toda a sua produção de uvas própria, ou seja não comprar a matéria prima de terceiros. Isso traz um valor agregado muito grande ao vinho, já que sua produção fica limitada, diminuindo sua oferta, o cultivo das videiras aos olhos do dono tendem a dar um aspecto artesanal ao vinho, já que todo o processo é feito no mesmo local e as garrafas dificilmente serão encontradas espalhadas por ai em qualquer vendinha devido a produção ser em baixa escala.

Matéria Sobre a Adega Particular de Otávio Mesquita

Olá, estou passando para vocês uma matéria sobre a adega particular do apresentador Otávio Mesquita, gostando ou não de sua pessoa que gosta de vinho com certeza vai ficar admirado com a coleção do apresentador, além de sua adega ser bem moderna contém grandes rótulos segue a matéria retirada da revista Vinhos Magazine de 2007. A novíssima casa do apresentador Otávio Mesquita - que ele divide agora com a esposa Melissa Wilmann - foi concebida e decorada a partir das coisas de que ele mais gosta: automobilismo, sinuca e vinho. Na parede da grande sala de pé direito duplo, ele tem nada menos que um carro de Fórmula 1. De verdade! Foi utilizado pelo italiano Giancarlo Fisichella algumas temporadas atrás. No outro ambiente da mesma sala, que tem home theater e área para descanso, há uma imensa mesa de sinuca, com um jogo de tacos impecável. E é lá que fica também a porta para outro dos principais prazeres de Mesquita: a adega. "Cheguei a ter 80 garrafas de vinhos top, entre Petrus,