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Taças e devaneios

O escritor é um solitário ou um tímido orgulhoso. Um definidor de caracteres teimoso e radical. Ou não. Só que sem uma base não poderia contar algum lado. Então fingira ser, como o poeta de “Pessoa”. E quem por qual motivo escreveria se não para revelar fatos, e histórias. Às vezes a falta de um ouvinte ou orgulho para não parecer fraco não o deixa escapar palavras. Por isso escrevê-las de outra forma, em outra pessoa com um assunto diferente. E assim libertando essa angustia. Abrindo uma garrafa, seguindo o ritual, a intertextualidade metafórica tão complicada e tão simples que aprendemos desde a infância nos contos de fadas. Nos seguem por toda a vida, até mesmo ao sacar de uma simples rolha.
Tirinha Folha 13/03/2013  MUNDO MONSTRO       ADÃO ITURRUSGARAI

Novas safras, novos vinhos, novas companhias...

Cortar o tempo Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente Carlos Drummond de Andrade Lá se foi outro carnaval e hoje mesmo a ressaca cansou.  Começou outro ano e nada de fazer tudo  outra vez.  Talvez tudo outra vez, mas mudando um pouco. Enjoar da vida é esquecer da morte.

Vinhos, bebidas também são personagens

Convidei muitas pessoas, avisei outras, mas no final só "fui" minha companheira e eu. O fato é que existem possibilidades e às vezes nem precisa procurar tanto. Escutando os relatos dos finais de semana mais chatos da história da humanidade em uma segunda-feira me coloco a pensar, como o serviço consegue ficar pior ainda. Pelo menos lembro um pouquinho do final de semana. Foi uma peça incrível um teatro que só cabem 40 pessoas, além do mais o nome também foi criativo Cemitério dos automóveis, não sei o que tem de sentido, contudo é curioso. Parei a moto na mesma rua um pouco a frente, cheguei antes da bilheteria abrir porque da última vez fiquei sem ingressos, subindo a rua do outro lado uma loira magrinha que parecia estar vestida só de camisa. Logo fui avisado pela minha parceira que ela estava de shorts. O teatro é um corredor com um bar logo de cara, não aceita nenhum tipo de cartão e o mais legal, para assistir ao espetáculo paga-se quanto quiser. Tomei uma c

Um blog de vinhos

Alguém disse, não eu, que esse blog é sobre vinhos. Ora pois! Sabores do vinho. E quantos sabores têm o vinho? São incontáveis. Escolha qualquer um. Cada um vê de um jeito. Se o mundo não acabar marcamos uma discussão, que vou garantir minha consciência. 

Eu escolho meu rótulo?

As pessoas têm medo de quando eu bebo, estranham quando não bebo. Não gostam de eu não ter religião, criticam meu gosto por solidão. As pessoas não querem conselhos, no entanto os pedem. Criticam minhas opiniões, depois concordam como sendo delas. Essas pessoas não comem fígado, mas adoram ovos. Não sabem da onde vêm, contudo há muito preconceito. Eu bebo, Rezo, Peço ajuda E me encho de colesterol Por quê?   Morro de medo dessas pessoas.

Realidades paralelas

Trabalho autônomo pode até parecer uma realização no começar dos dias, sem chefe, sem metas, apenas sua vontade. Trabalho até o quanto quero. Mas as contas sempre chegam. Trabalho todos os dias até tarde. Não pensava muito a frente só dia a dia. Sempre pagando algo. Em meio a essa estreita solidão me ocorreu buscar algo, por acaso me apresentaram a religião. Assustei-me de cara com o fato de estar sempre em companhia, alguém vendo tudo. Não me senti confortável, isso também não durou muito. Fiz alguns amigos, que me apresentaram outros, o vinho, a vodka, a cerveja. Os companheiros casaram, ficamos eu e o vinho. Caminho pela rua escura todas as noites e sempre vejo o homem que não está lá. Peço para ir embora, mas não me escuta. Insiste em falar coisas que não existem só servem para atormentar. Seja lá como qualquer pessoa vê o mundo, não será igual, absorver algo combina todas as coisas. Não gosto de vegetais.