Pular para o conteúdo principal

Postagens

O que eles gostam de beber

Retirei um trecho da reportagem da Revista Vinho Magazine de 2008, que fez uma entrevista com 3 sommeliers Brasileiros, perguntado o que mais gostam de beber, segue o texto da revista abaixo: O QUE ELES GOSTAM DE BEBER Manoel Beato "Já tive minha fase Bordeaux. Hoje, sou Borgonha". Diferenças? "Vinhos de Bordeaux têm estrutura mais fechada, precisam de mais anos para desenvolver sua grandesa. Os de Borgonha seduzem com menos tempo, são mais delicados. Se usasse uma analogia musical, eu diria que Bordeaux é Beethoven. Borgonha é Mozart". Tiago Locatelli "Grandes tintos combinam bem com uma carne bem simples, grelhada e só no sal. Nesse caso, a carne vai ser um pano de fundo, sem interferência com o vinho em si. Tintos muito tânicos, frutados e encorpados não vão bem". Preferências: que tal um Brunello De Montalcino 2001 ou um Antinori Pian delle Vigne? Gilmar Fernandes: "Gosto de Borgonhas. Mas se tivesse que escolher um para beber agora, ficaria com

Sommelier

No Brasil, é sommelier e pronto. Nunca se tentou uma tradução. Mas em Portugal, sommelier também é conhecido por escanção (nome que deriva do vocábulo da língua gótica skanja, que significa "copeiro"). Um barca Velha servido por um escanção deve ficar ainda melhor. O caso é que, com a onda enofílica que varre o mundo, restaurante com alguma pretensão a fazer gastronomia não apenas servir comida, precisa oferecer aos cliente uma boa carta de vinhos e um sommelier, que é o indispensável arquiteto e guardião dela. Um sommelier, ensinam os entendidos nas artes da enofilia, não deve ser, apenas, um garçom especializado em vinhos - embora o serviço seja uma parte nobre de suas funções. Mais do que isso, deve conhecer particularidades do mundo dos vinhos, começando pelos métodos de produção e as características próprias de cada um dos diversos segmentos das centenas de regiões vinícolas pelo mundo. No mínimo, precisa conhecer as características das principais regiões viníferas do pl

Matéria Sobre a Adega Particular de Otávio Mesquita

Olá, estou passando para vocês uma matéria sobre a adega particular do apresentador Otávio Mesquita, gostando ou não de sua pessoa que gosta de vinho com certeza vai ficar admirado com a coleção do apresentador, além de sua adega ser bem moderna contém grandes rótulos segue a matéria retirada da revista Vinhos Magazine de 2007. A novíssima casa do apresentador Otávio Mesquita - que ele divide agora com a esposa Melissa Wilmann - foi concebida e decorada a partir das coisas de que ele mais gosta: automobilismo, sinuca e vinho. Na parede da grande sala de pé direito duplo, ele tem nada menos que um carro de Fórmula 1. De verdade! Foi utilizado pelo italiano Giancarlo Fisichella algumas temporadas atrás. No outro ambiente da mesma sala, que tem home theater e área para descanso, há uma imensa mesa de sinuca, com um jogo de tacos impecável. E é lá que fica também a porta para outro dos principais prazeres de Mesquita: a adega. "Cheguei a ter 80 garrafas de vinhos top, entre Petrus,

Matéria - Sobre Ronnie Von Enófilo

Matéria interessantíssima tirada de uma revista de vinhos sobre Ronnie Von e seu amor pelos vinhos, o cara tem uma história no mínimo diferente dos demais. Ronaldo Linderberg Von Schilgem Cintra Nogueira é um dos enófilos mais requintados do País. Não está ligando o nome à figura? Nunca o viu em degustações top? Nunca bebeu um Petrus na casa dele? Pois na época em que Ronaldo se transformou em Ronnie Von, o príncipe da Jovem Guarda, ele já tinha tomado todos os grandes vinhos do mundo e um pouco mais, enquanto seus colegas de música e de geração bebiam Cuba Libre, Hi-Fi e vinho ordinário com groselha. Membro de uma árvore genealógica ilustre, que mescla fundadores do Rio com imigrantes alemães, ele iniciou essa jornada na alta enofilia tão precocemente por uma circunstância genética - havia em sua vida alguém capaz de conduzi-lo, a tempo, pelos melhores vinhedos da vida. Seu pai, o ministro plenipotenciário do Itamaraty José Maria Nogueira, embora abstêmio, trazia na mala diplomática,

Enfim, o que são vinhos naturais?

As noções de viticultura e vinicultura se confundem e às vezes conflitam, mas, na taça, não restam muitas dúvidas sobre a superioridade dos vinhos naturais. Há vinhos que podem agradar mais ou menos um conhecedor, sejam eles orgânicos ou convencionais. Mas só os vinhos industriais padronizados, adocicados e construídos artificialmente, ou de uvas supermaturadas, podem agradar que não conhece vinho. Ter consciência disto é fundamental para compreender a atitude de quem afirma que os vinhos que são ícones na Europa e no Novo Mundo, sejam eles orgânicos ou não. Para quem desconhece ou não aprecia o perfil dos vinhos franceses clássicos , por exemplo, seria inútil comparar o melhor exemplar da vinicultura orgânica francesa ao melhor exemplar de sua vinicultura convencional. Ambos pareciam ruins. Ocorre que a maioria dos vinhos naturais do mercado provêm da França, berço dos vinhos orgânicos e referência mundial em vinicultura. Portanto, ninguém melhor para atestar a superioridade dos vinho

Lambrusco

Lambrusco Uva tinta cultivada em toda a Itália, em especial na região da Emilia-Romana. Há mais de sessenta subvariedades conhecidas. Apesar de também produzir bons vinhos de denominação de origem, é mais conhecida no Brasil pelos vinhos frisantes, semi-doces e baixo teor alcoólico e que devem ser bebidos jovens. Região ITÁLIA CENTRAL EMILIA ROMAGNA: Pátria da Lambrusco Dos Montes Apeninos ao Rio Pó, a Emilia Romagna é um grande vinhedo onde os renomados vinhos fazem excelente companhia à “Buona tavola”. Possui um DOCG e 19 DOCs. Suas principais cidades se alinham na Via Romana (“Aemilia” 187 aC.). Antes dos Romanos, os Etruscos aqui dominavam, faziam e comercializavam vinhos fortes e doces. Na Idade Média, o poder político concentrava-se nas famílias: os Malatesta de Rimini. Os Bentivoglio de Bolonha. Os d’Este de Ferrara e Modena. Os Farnese de Parma. Época dos Mecenas que acolheram Dante, Ariosto... Emília, mais ocidental(capital Bologna), teve sempre posições mais para a esquerda.

A Onda australiana

Tudo começou com Frank Potts, colono inglês que chegou à Austrália 1836 e 14 anos mais tarde adquiriu 120 acres de terra em Langhorne Creek, sul do país, por 1 dólar o acre. Foi logo plantando uvas em 30 desses acres, aproveitando o clima propício da região: "Quente de dia, fresco à noite", resume seu tatataneto Michael. Esse é o mundo ideal para a maior parte das uvas, sobretudo a Shiraz - até hoje a "australian queen". Por causa da shiraz, os vinhos australianos são considerados "voluptuosos", no dizer de alguns fãs mais entusiasmados. Assim começou a saga vinícola de 5 gerações da família Potts na produção de vinhos. Ele diz: "Ainda mantemos as tradições familiares mas agora com a melhor tecnologia". Com essa receita, a Bleasdale - legítima representante dos vinhos do Novo Mundo que tanto agradam aos paladares dos neo-enófilos-produz hoje alguns dos ícones desse segmento, equilibrando potência e elegância. Segundo os enófilos que degustaram os